“A Reaganização do Brasil”, breve em um cinema pertinho de você

“A Reaganização do Brasil”, breve em um cinema pertinho de você


“Nesse esforço de doutrinação, independentemente da estética, os garotos não estão sozinhos. Um leque de instituições, algumas financiadas por empresas, como o Instituto Luwding von Mises Brasil, proclama seus mesmos ideais e patrocinam a evangelização da opinião pública a respeito do livre mercado e da liberdade individual.” (Não é uma banda de indie-rock, é a vanguarda anti-Dilma, El País, 12.12.2014)

Liberteens

“O Instituto Millenium, de cunho mais liberal, existe desde 2005 e tem entre os fundadores ou mantenedores, além de Helio Beltrão, Gustavo Franco, Paulo Guedes, Daniel Feffer, Fábio Barbosa e João Roberto Marinho.

Rodrigo Constantino, colunista da revista “Veja” e nêmesis da esquerda, é o presidente do Instituto Liberal, no Rio. O diretor-executivo, Bernardo Santoro, é o guru econômico do pastor Everaldo, único candidato à Presidência a falar abertamente de privatizações.

O IFL (Instituto de Formação de Líderes) -que começou em Belo Horizonte e é patrocinado por Salim Mattar, dono da maior empresa de aluguel de veículos do país, a Localiza, e David Feffer, do Grupo Suzano- tem como meta “conscientizar jovens empreendedores sobre a importância do livre mercado, da propriedade privada e da redução do tamanho do Estado”.

O Instituto de Estudos Empresariais, no Rio Grande do Sul, foi fundado pelo empresário William Ling, tem a bênção de Jorge Gerdau, do gigante da siderurgia, e costuma reunir até 6.000 pessoas em seus eventos.

Já os Estudantes pela Liberdade formam grupos de estudos em torno da obra de economistas conservadores como Hayek, Mises e Milton Friedman. O slogan de boa parte desses jovens é “menos Marx, mais Mises”. O grupo ­é uma franquia do americano Students for Liberty, ligado ao Cato Institute, que é financiado pelos irmãos Koch, grandes patrocinadores de causas conservadoras nos EUA.” (Liberais, libertários e conservadores, uni-vos, Folha de São Paulo, 5.10.2014)

No final da década de 70, surgiu nos EUA e GB um movimento conservador formado por uma classe média que cresceu no pós-guerra, privilegiados por um farto Estado de Bem Estar. Como não sofreram a penúria das duas grandes guerras como seus pais, passaram a enxergar o Estado como entrave às suas liberdades mais do que protetor delas. Viram por bem desmantelá-lo e assim roer a corda daqueles que ainda não os tinham alcançado, seus potenciais concorrentes.

Esse movimento elegeu Thatcher e Reagan, resultando em um período de grande retrocesso nas liberdades civis e a mais rápida concentração de riqueza da história da humanidade. Um movimento que começou nestes países e agora se alastra pelo mundo, unindo ultra-religiosos a ultra-capitalistas. Os ultra-religiosos entraram com os fiéis e os ultra-capitalistas com o fiado.

“O pastor Everaldo aceitou tudo o que eu sugeri e tem lido muitos livros”, diz Bernardo Santoro, do Instituto Liberal.”

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